segunda-feira, 26 de março de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

15 de Março - Dia da Escola

A ESCOLA É...

O lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor na medida que cada um se comporte como colega, irmão.

Nada de ilha cercada de gente por todos os lados.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só educar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela!

Ora, é lógico...

Mesma escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz”.



PAULO FREIRE

Hiperatividade ou Mau comportamento?

Criança Hiperativa, Portadora do TDA/H - Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade - ou mal-educada?

"Muitas crianças e adolescentes mal-educados estão tomando Ritalina, medicamento que se destina ao tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H), uma disfunção psiconeurológica que provoca dificuldade de concentração ou déficit de atenção ou ainda hiperatividade. Descrito há apenas poucos anos, por muito tempo foi um distúrbio menosprezado e mal conduzido.

Agora, no entanto, está havendo exageros e confusão a esse respeito. A Ritalina não atua sobre mal-educados. Ainda assim, diagnósticos apressados e equivocados têm feito pessoas mal-educadas ficarem à vontade para ser mal-educadas sob o pretexto de que estão dominados pelo TDA/H. O fato de ser consideradas doentes facilita a aceitação de seu comportamento impróprio.

Claro, é mais fácil mesmo agir sem a necessária adequação de ser humano e cair na escala animal liberando tudo o que se tem vontade de fazer... Concentrar-se dá trabalho. Exige esforço mental. Como a criança não suporta isso, começa a se agitar, a prestar atenção em outra coisa.

Portanto, antes de os pais lidarem com o filho apenas como um mal-educado ou um portador de TDA/H, é importante que consultem um especialista e recebam a orientação correta, base fundamental da boa educação.

Tanto o portador de TDA/H, como o mal-educado são irritáveis por falta de capacidade de esperar. A espera é um exercício. São impulsivos por falta de capacidade de se controlar. Estão sempre tentando fazer coisas. São também agressivos. Em vez de reagir adequadamente, é mais fácil liberar agressão, um dos primeiros mecanismos de defesa do ser humano. Ambos são instáveis. Ora estão bem, ora estão mal.

Observe alguns dos principais sintomas presentes no portador de TDA/H (mas que também podem ser simplesmente falta de educação):
* Distrair-se com pensamentos internos e cometer muitos erros por pura distração (ortografia, acentos, pontuação etc.).
* Não ouvir a pergunta até o fim e já ir respondendo.
* Não ler a pergunta até o fim; esquecimentos em geral: de material escolar, recados, estudos feitos na véspera etc.
* Não esperar a vez de ser chamado.
* Interromper a fala dos outros.
* Agir antes de pensar e desanimar com facilidade.
* Tirar freqüentes notas baixas apesar da inteligência.
* Permanecer por muito tempo ligado no que interessa e desligar-se do que não o interessa;
* Acordar eufórico querendo resolver tudo naquele dia, mas acabar sendo vencido pela preguiça.

Quanto maior o número de sintomas e o tempo de permanência deles, tanto mais se configura a presença do TDA/H. Há, porém, algumas diferenças notáveis entre o portador de TDA/H e um mero mal-educado: o portador de TDA/H continua agitado diante de situações novas, isto é, não consegue controlar seus sintomas. Já o mal-educado primeiro avalia bem o terreno e manipula situações buscando obter vantagens sobre os outros".

Fonte: Texto extraído do livro QUEM AMA, EDUCA - Içami Tiba - Ed. Gente, São Paulo, 2002 (adaptação do termo DDA para TDA/H).

sábado, 10 de março de 2012

12 de Março - Dia do Bibliotecário

Nossa homenagem para a Bibliotecária da Escola Bairro União
Parabéns!!! 


Em 12 de março comemora-se o Dia do Bibliotecário...

A palavra biblioteca, em grego, significa “caixa para guardar livros”. De fato, uma biblioteca abriga esses nossos leais amigos, os quais nos proporcionam o aumento de nossa cultura.
A história da biblioteca remonta à Antigüidade. No século 4 a.C., na cidade de Alexandria, no Egito, foi construída uma grande biblioteca, considerada, inclusive, como a maior da Antigüidade.
Ela reunia 60 mil volumes, manuscritos em folhas de papiro ou pergaminhos (peles de carneiro, preparadas especialmente para servir como material de escrita), com textos em grego e em outras línguas. Muito tempo se passou, até que em 640 d.C. esse valioso arquivo foi destruído com a conquista da Alexandria pelos árabes.
Se por um lado, a Biblioteca de Alexandria era considerada a maior da Antigüidade, a Biblioteca de Assurbanipal, localizada na capital da Assíria, Nínive (região da Mesopotâmia), foi formada no século 7 d.C.. Assurbanipal era rei da Assíria e dele partiu o projeto de formar uma biblioteca, que primeiramente teve relatórios, documentos e obras literárias dispostas em tábuas de barro, mais tarde substituídas pelo papel.
A reprodução de livros, que deu origem à idéia de produção editorial, surgiu com a construção de numerosas bibliotecas públicas pelos romanos, que copiavam as obras para maior divulgação.

Na Idade Média...

Durante a Idade Média, a Europa Ocidental esteve sob o domínio cultural da Igreja Católica. Por essa razão, as bibliotecas ficaram restritas aos mosteiros.
A partir do século 13, porém, começaram a surgir as universidades, que passaram a formar seus próprios acervos manuscritos.

Fonte: www.portalobjetivo.com.br

Comemora-se no dia 12 o Dia do Bibliotecário em homenagem ao engenheiro e bibliotecário por vocação, Manuel Bastos Tigre.
BibliotecárioEle nasceu no dia 12 de março de 1882 e, ao terminar o curso de Engenharia, em 1906, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal.
Este encontro foi decisivo na sua vida, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com biblioteconomia.
Prestou concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro e se classificou em primeiro lugar, com o estudo sobre a Classificação Decimal.
Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do Reitor da instituição, Professor Pedro Calmon de Sá.

Quem é o bibliotecário?

É oportuno lembrarmos, no dia em que se comemora o bibliotecário, das palavras do Chefe da Casa Civil do governo Figueiredo, general Golbery. Disse ele: "o único lugar que preservo de todos é a minha biblioteca, pois através das minhas leituras conhecerão os meus segredos".
Declaração interessante. Retrata o sentimento de muitos amantes da leitura, que costumam ser extremamente zelosos com seus livros, chegando mesmo a sentir ciúmes de visitantes inoportunos ou de olhares mais curiosos sobre suas estantes.
Cada exemplar de uma obra é único. O livro que descansa na prateleira da nossa casa nunca será o mesmo que repousa em outro lugar, porque o exemplar da nossa casa habita também o nosso espírito. Representa ainda nossas releituras de discussões nervosas e hesitantes.
O bibliotecário, por sua vez, é o profissional que, aos poucos, vai desbravando a alma dos leitores. É ele que coabita com todos os autores, com todas as suas obras e com as expectativas e anseios de todos os leitores.

O Ofício

O profissional da área de biblioteconomia administra bancos de dados e se responsabiliza por classificar e armazenar informações, além de orientar o público que procura uma biblioteca.
Hoje em dia, quem domina tecnologias da computação pode gerenciar arquivos digitais ou organizar páginas para a internet.
Bom lembrarmos também que a qualidade da orientação fornecida pelo bibliotecário, a quem procura uma biblioteca, vai depender de sua própria vivência com a leitura, ou seja, de sua experiência pessoal com os livros e o com o próprio conhecimento em si.
Porque o saber técnico, ligado ao ofício propriamente dito - catalogação, arquivamento, etc. - poderá ser assimilado por qualquer pessoa que se dedique ao estudo da biblioteconomia.
Para atuar como bibliotecário, é preciso, após a graduação, obter o registro no Conselho Regional de Biblioteconomia.
Quem pretende ingressar no curso, já deve ficar sabendo que entre as disciplinas básicas estão língua portuguesa, inglês e literatura. É obrigatório ainda que se faça um estágio, sendo exigida uma monografia final.
Em algumas instituições, o curso, que tem duração média de quatro anos, é chamado de Ciência da Informação ou Gestão da Informação.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/marco/dia-do-bibliotecario.php

quinta-feira, 8 de março de 2012

Parabéns Mulheres...

Mulher...
 
Deus escolheu entre os anjos
Alguém com força da rocha
Mas delicadeza da Rosa
Alguém com o brilho do sol
Mas a ternura da lua
Coma beleza do Éden
E Deus enviou a terra
Um anjo com o nome “Mulher”
Alma gigante, coração forte
Capaz de amar infinitamente
É ela que regra a vida
Com o amor que só ela é capaz!

Feliz dia da Mulheres! não só pelos dia de hoje, mas por todos os dias!!!!

Lembrancinhas para as Mulheres...
 
Professora Adriana



Professora Kathia

Equipe Gestora

quarta-feira, 7 de março de 2012

Inglês "Free books" - on line

Conhecer  a língua inglesa é maravilhoso e torna-se ainda melhor quando podemos ler e ouvir histórias legais...

Nossa sugestão é o site http://meegenius.com/store/books/free/ . Confira... prepare os fones!


domingo, 4 de março de 2012

Os nove jeitos mais comuns de avaliar...

Prova objetiva 

Definição    Série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma solução possível
Função 
Avaliar quanto o aluno apreendeu sobre dados singulares e específicos do conteúdo 
Vantagens    É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula
Atenção    Pode ser respondida ao acaso ou de memória e sua análise não permite constatar quanto o aluno adquiriu de conhecimento
Planejamento    Selecione os conteúdos para elaborar as questões e faça as chaves de correção; elabore as instruções sobre a maneira adequada de responder às perguntas 
Análise    Defina o valor de cada questão e multiplique-o pelo número de respostas corretas
Como utilizar as informações    Liste os conteúdos que os alunos precisam memorizar; ensine estratégias que facilitem associações, como listas agrupadas por idéias, relações com elementos gráficos e ligações com conteúdos já assimilados.



 Prova dissertativa

 Definição    Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações, resumir, analisar e julgar
Função    Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos, formular idéias e redigi-las
Vantagens    O aluno tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando habilidades de organização, interpretação e expressão
Atenção    Não mede o domínio do conhecimento, cobre amostra pequena do conteúdo e não permite amostragem
Planejamento    Elabore poucas questões e dê tempo suficiente para que os alunos possam pensar e sistematizar seus pensamentos
Análise    Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos a clareza das idéias, para a capacidade de argumentação e conclusão e a apresentação da prova
Como utilizar as informações    Se o desempenho não for satisfatório, crie experiências e motivações que permitam ao aluno chegar à formação dos conceitos mais importantes


Seminário

Definição    Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio adequados ao assunto
Função    Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma eficaz
Vantagens    Contribui para a aprendizagem do ouvinte e do expositor, exige pesquisa, planejamento e organização das informações; desenvolve a oralidade em público
Atenção    Conheça as características pessoais de cada aluno para evitar comparações na apresentação de um tímido ou outro desinibido
Planejamento    Ajude na delimitação do tema, forneça bibliografia e fontes de pesquisa, esclareça os procedimentos apropriados de apresentação; defina a duração e a data da apresentação; solicite relatório individual de todos os alunos
Análise    Atribua pesos à abertura, ao desenvolvimento do tema, aos materiais utilizados e à conclusão. Estimule a classe a fazer perguntas e emitir opiniões
Como utilizar as informações    Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planeje atividades específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não atingidos.


Trabalho em grupo

Definição    Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal etc) realizadas coletivamente
Função    Desenvolver o espírito colaborativo e a socialização
Vantagens    Possibilita o trabalho organizado em classes numerosas e a abrangência de diversos conteúdos em caso de escassez de tempo
Atenção    Conheça as características pessoais de cada aluno para evitar comparações na apresentação de um tímido ou outro desinibido
Planejamento    Proponha uma série de atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado, forneça fontes de pesquisa, ensine os procedimentos necessários e indique os materiais básicos para a consecução dos objetivos
Análise    Observe se houve participação de todos e colaboração entre os colegas, atribua valores às diversas etapas do processo e ao produto final
Como utilizar as informações    Em caso de haver problemas de socialização, organize jogos e atividades em que a colaboração seja o elemento principal

Debate

Definição    Discussão em que os alunos expõem seus pontos de vista a respeito de assunto polêmico
Função    Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos convincentes
Vantagens    Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o aluno aprenda a escutar com um propósito
atenção    Como mediador, dê chance de participação a todos e não tente apontar vencedores, pois em um debate deve-se priorizar o fluxo de informações entre as pessoas
Planejamento    Defina o tema, oriente a pesquisa prévia, combine com os alunos o tempo, as regras e os procedimentos; mostre exemplos de bons debates. No final, peça relatórios que contenham os pontos discutidos. Se possível, filme a discussão para análise posterior
Análise    Estabeleça pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência às regras combinadas
Como utilizar as informações    Crie outros debates em grupos menores; analise o filme e aponte as deficiências e os momentos positivos

Relatório individual

Definição    Texto produzido pelo aluno depois de atividades práticas ou projetos temáticos
Função    Averiguar se o aluno adquiriu conhecimento e se conhece estruturas de texto
Vantagens    É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais
Atenção    Evite julgar a opinião do aluno
Planejamento    Defina o tema e oriente a turma sobre a estrutura apropriada (introdução, desenvolvimento, conclusão e outros itens que julgar necessários, dependendo da extensão do trabalho); o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado
Análise    Estabeleça pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto, gramática, apresentação)
Como utilizar as informações    Só se aprende a escrever escrevendo. Caso algum aluno apresente dificuldade em itens essenciais, crie atividades específicas, indique bons livros e solicite mais trabalhos escritos

Auto-avaliação

Definição    Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio processo de aprendizagem
Função    Fazer o aluno adquirir capacidade de analisar suas aptidões e atitudes, pontos fortes e fracos
Vantagens    O aluno torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e a aperfeiçoar potencialidades
Atenção    O aluno só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre o professor e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo a aprender
Planejamento    Forneça ao aluno um roteiro de auto-avaliação, definindo as áreas sobre as quais você gostaria que ele discorresse; liste habilidades e comportamentos e peça para ele indicar aquelas em que se considera apto e aquelas em que precisa de reforço
Análise    Use esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para o planejamento dos próximos conteúdos
como utilizar as informações    Ao tomar conhecimento das necessidades do aluno, sugira atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades

Observação

Definição    Análise do desempenho do aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações planejadas
Função    Seguir o desenvolvimento do aluno e ter informações sobre as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora
Vantagens    Perceber como o aluno constrói o conhecimento, seguindo de perto todos os passos desse processo
Atenção    Faça anotações no momento em que ocorre o fato; evite generalizações e julgamentos subjetivos; considere somente os dados fundamentais no processo de aprendizagem
Planejamento    Elabore uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação) prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados
Análise    Compare as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que o aluno já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento
Como utilizar as informações    Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de desenvolvimento do aluno e permite a elaboração de intervenções específicas para cada caso

Conselho de classe

Definição    Reunião liderada pela equipe pedagógica de uma determinada turma
Função    Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões
Vantagens    Favorece a integração entre professores, a análise do curriculo e a eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista
Atenção    Faça sempre observações concretas e não rotule o aluno; cuidado para que a reunião não se torne apenas uma confirmação de aprovação ou de reprovação
Planejamento    Conhecendo a pauta de discussão, liste os itens que pretende comentar. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções
Análise    O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação às intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem considerando as áreas afetiva, cognitiva e psicomotora dos alunos
Como utilizar as informações    O professor deve usar essas reuniões como ferramenta de auto-análise. A equipe deve prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário

EDMA FERREIRA.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dislexia... saiba mais!

O que é DISLEXIA?




O que é?
É uma dificuldade primária do aprendizado abrangendo: leitura, escrita, e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis . É o distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais freqüentemente identificado na sala de aula. Está relacionado, diretamente, à reprovação escolar, sendo causa de 15 % das reprovações. Em nosso meio, entre alunos das séries iniciais (escolas regulares) têm sido identificados problemas em cerca de 8 %. Estima-se que a dislexia atinja 10 a 15 % da população mundial
Quem pode ser afetado?
A dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela pode atingir igualmente pessoas das raças branca, negra ou amarela, ricas e pobres, famosas ou anônimas, pessoas inteligentes ou aquelas mais limitadas.

Qual a causa?

A dislexia tem sido relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem dislexia. As alterações ocorreriam em um gene do cromossomo 6 . A dislexia, em nível cognitivo- lingüístico, reflete um déficit no componente específico da linguagem , o módulo fonológico, implicado no processamento dos sons da fala. Uma criança que tenha um genitor disléxico apresenta um risco importante de apresentar dislexia, sendo que 23 a 65 % delas apresenta o distúrbio.
Um gene recentemente relacionado com a dislexia é chamado de DCDC2. Segundo o Dr. Jeffrey R. Gruen, geneticista da Universidade de Yale, Estados Unidos, ele é ativo nos centros da leitura do cérebro humano.
Outro gene, chamado Robo1, descoberto por Juha Kere, professor de genética molecular do Instituto Karolinska de Estocolmo, é um gene de desenvolvimento que guia conexões, chamadas axônios, entre os dois hemisférios do cérebro.
Pesquisadores dizem que um teste genético para a dislexia pode estar disponível dentro de um ano. Crianças de famílias que têm história da dislexia poderão ser testadas. Se as crianças tiverem o risco genético, elas podem ser colocadas em programas precoces de intervenção.

O que se sente?

Sinais indicadores de dislexia:
A dificuldade de ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica.

Pré-Escola (Primeiro Ano), pré-alfabetização 
Aquisição tardia da fala.
Pronunciação constantemente errada de algumas sílabas.
Crescimento lento do vocabulário.
Problemas em seguir rotinas.
Dificuldade em aprender cores, números e copiar seu próprio nome
Falta de habilidade para tarefas motoras finas (abotoar, amarrar sapato, ...)
Não conseguir narrar uma história conhecida em seqüência correta.
Não memorizar nomes ou símbolos.
Dificuldade em pegar uma bola.

Início do ensino fundamental - Alfabetização
Dificuldades mais identificadas : 

fala
aprender o alfabeto
planejamento e execução motora de letras e números
preensão do lápis
motricidade fina e do esquema corporal.
separar e sequenciar sons (ex: p – a – t – o )
habilidades auditivas - rimas
discriminar fonemas de sons semelhantes: t /d; - g / j; - p / b.,
diferenciação de letras com orientação espacial: d /b ;- d / p; - n /u; - m / u pequenas diferenças gráficas: e / a;- j / i;- n / m;- u /v
orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da semana, meses do ano)
orientação espacial (lateralidade difusa, confunde a direita e esquerda, embaixo, em cima) execução da letra cursiva

Ensino Fundamental
Dificuldades mais identificadas: 

atraso na aquisição das competências da leitura e escrita. Leitura silábica, decifratória. Nível de leitura abaixo do esperado para sua série e idade.
soletração de palavras
ler em voz alta diante da turma
supressão de letras: cavalo /caalo;-. biblioteca/bioteca; - bolacha / boacha
Repetição de sílabas: pássaro / passassaro; camada / camamada
seqüência de letras em palavras Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras (ai-ia; per-pré; fla-fal; me-em).
Fragmentação incorreta: o menino joga bola - omeninojo gabola
planejar, organizar e conseguir terminar as tarefas dentro do tempo
enunciados de problemas matemáticos e figuras geométricas
elaboração de textos escritos expressão através da escrita
compreensão de piadas, provérbios e gírias
seqüências como: meses do ano, dias da semana, alfabeto, tabuada. mapas
copiar do quadro

Ensino Médio
Dificuldades mais identificadas: 

Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas.
Leitura vagarosa e com muitos erros
Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
Dificuldade em planejar e fazer redações
Dificuldade para reproduzir histórias
Dificuldade nas habilidades de memória
Dificuldade de entender conceitos abstratos
Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção demasiada a pequenos detalhes
Vocabulário empobrecido
Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade

Ensino Superior / Universitário
Dificuldades mais identificadas: 

Letra cursiva.
Planejamento e organização.
Horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem).
Falta do hábito de leitura.
Normalmente tem talentos espaciais (engenheiros, arquitetos, artistas).

Diagnóstico:
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. Os sintomas podem ser percebidos em casa mesmo antes da criança chegar na escola. Uma vez identificado o problema de rendimento escolar, deve-se procurar ajuda especializada.

AVALIAÇÃO MULTIDISCIPLINAR:

A equipe multidisciplinar, incluindo Psicólogo, Fonoaudiólogo e Psicopedagogo Clínico inicia investigação detalhada e verifica a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. É muito importante o parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico familiar e a evolução do paciente.
Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são conseqüências, não causa da dislexia).
A equipe multidisciplinar deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia.
Essa avaliação é importante tanto na identificação das causas das dificuldades apresentadas, quanto permite orientar o encaminhamento adequado para o caso individualizado.
Não existe teste único, patognomônico (sinais/sintomas constantes, caraterísticos da doença) de dislexia.
O diagnóstico deve ser realizado por profissional (ais) treinado (s), empregando-se uma série de testes e observações, em geral, trabalhando em equipe multidisciplinar, que analisará o conjunto de manifestações de dificuldades
Testes auditivos e de visão podem ser os primeiros a serem solicitados.

Entre as avaliações mais solicitadas encontram-se testes: 

Cognitivos
Inteligência
Memória auditiva e visual
Discriminação auditiva e visual
Orientação
Fluência verbal
Testes com novas tecnologias

Tratamento após o diagnóstico de Dislexia. 

Uma vez diagnosticada a dislexia, segundo as particularidades de cada caso, o encaminhamento orientado permite abordagem mais eficaz e mais proveitosa, pois o profissional que assumir o caso não precisará de um tempo para identificação do problema, bem como terá ainda acesso a pareceres importantes. 

Tendo conhecimento das causas das dificuldades, do potencial e a individualidade do paciente, o profissional pode utilizar a linha terapêutica que achar mais conveniente para o caso particular. Os resultados devem surgir de forma progressiva. 

Em oposição à opinião de muitos se pode afirmar que o disléxico sempre contorna suas dificuldades e acha seu caminho. O disléxico também tem sua própria lógica e responde bem a situações que estejam associadas a vivências concretas. 

A harmonia entre o profissional coordenador e o paciente e sua família podem ser decisivos nos resultados. O mecanismo de programação por etapas, somente passando para a seguinte quando a anterior foi devidamente absorvida, retornando às etapas anteriores sempre que necessário, deve ser bem entendido pelo paciente e familiares 

Sistema Cumulativo 

Os serviços de educação especial podem incluir auxílio de especialistas, tutorias individuais, aulas especiais diárias. Cada indivíduo tem necessidades diferentes, por isso o plano de tratamento deve ser individualizado. Da mesma forma, é importante o apoio psicológico positivo, já que muitos estudantes com dificuldade de aprendizado têm autoestima baixa.

Prevenção

Os transtornos de aprendizagem tendem a incidir em famílias e a dislexia é um deles. As famílias afetadas devem fazer o máximo esforço para reconhecer precocemente a existência do problema.
Quando incide em famílias sem antecedentes, o diagnóstico pode ser feito na pré-escola, se os professores detectarem os primeiros sinais. A terapia precoce proporciona os melhores resultados.

Mitos que não podem crescer: 

1- A dislexia é contagiosa? 
Não. Ela é usualmente hereditária.
2- Uma pessoa pode ser medianamente disléxica? 
Sim. Ninguém apresenta um quadro com todos os sinais de dislexia.
3- A dislexia é uma doença? 
Não.4- A dislexia pode passar sem que se tome alguma providência? 
Não. Quanto antes ela é identificada e são tomadas as medidas de tratamento, maiores podem ser os benefícios do tratamento.